Quarta Criativa 🦋 #1 sem medo de olhar pra dentro
Edição dedicada à almas famintas que caminham, guardam cogumelos, e pensam sobre escadas✨
Ainda não conhece a newsletter Quarta Criativa da crisálida? Por que essa estrutura vai desbloquear sua criatividade? Tá aqui a estrutura explicadinha e lindinha só pra tu 💖
O Ovo: onde tudo é possível
(Se inspirar ou referências da semana)
Livro: Um dos raros livros que reli pela necessidade de novamente me deliciar com cada palavra, me arrepiar com cada página. Luto Sem Medo de Max Porter (aqui): É um livro sobre luto (não me diga!), mas escrito de uma maneira tão crua, humana, cômica, trágica, bela, rasgada, triste, sem fim, sem filtro, sem sentido, mas com todo sentido do mundo. Cheio de dor mas, sobretudo, escancarado de amor… amor que procura desesperadamente uma vazão - é o luto (materializado nas carnes de um corvo, nesse caso).
“Todos que passavam podiam compreender o quanto sinto falta dela. Quão física é minha falta. Sinto tanta falta dela que é um vasto príncipe dourado, uma sala de concertos, mil árvores, um lago, nove mil ônibus, um milhão de carros, vinte milhões de pássaros e mais. A cidade inteira é minha falta dela.
Eca, disse Corvo, você parece um ímã de geladeira.”
Filme: Reassisti Whiplash - Em Busca da Perfeição (trailer) fazendo a aula particular de Luísa, onde falamos sobre cores. Esse filme é pra te fazer duvidar e se questionar até os últimos segundos. É um filme sobre Loucura e, sim, ele abusa dos amarelos.
Música: Atualmente obcecada por Starvation de AURORA (clipe) (na verdade, por quase tudo dela kkkkry). Para almas famintas, exigentes, e um pouquinho perdidas, mas nunca estagnadas.
A Lagarta: Pé no chão, raízes
(Se conectar)
Próxima vez que tu for caminhar (com ou sem direção) presta atenção (um de cada vez): Nos passos - na pressão ao pisar, na leveza de elevar; Em tudo que está presente no seu campo de visão; Nos sons que vêm e vão; Nos cheiros que surgem e desaparecem. Toda vez que tu perceber que perdeu o foco em pensamento respira, deixa ir, e volta pro presente. Algumas ideias precisam de silêncio pra se formarem sorrateiramente.
O Casulo: Introspecção, reflexão
(Olhar pra dentro)
Recentemente, um parente idoso, sempre ativo e cético sobre terapia e saúde mental, começou a ter ataques de pânico "do nada". Depois de descartar causas físicas (e de muita negação), ele não encontrou saída: "Eu aceitei que é ansiedade, mas não entendo o motivo! De onde vem, se estou ótimo?"
Contei pra ele que, por experiência, nem sempre é fácil identificar a causa. Às vezes, leva meses ou anos de terapia. Muitas vezes, se trata de algo que nos assusta tanto que recusamos olhar, então o guardamos tão fundo lá dentro que esquecemos. Mas tentar ignorar é como transforma-lo em cogumelo: quanto mais a gente o deixa sozinho no escuro, mais ele cresce. Até que vira um monstro gigantesco que vai arranjar algum jeito de te fazer escutar. A coisa mais assustadora é olhar esse monstro nos olhos, até que a gente acende a luz e vê que é só um cogumelo gigante ¯\_(ツ)_/¯. A cura começa quando nos permitimos olhar, aceitar e lidar com o que emerge (e, quem sabe, ainda fazer um belo risoto com ele).
E aí, te pergunto: você já parou pra pensar que talvez tenha alguma coisa que tu tais ignorando? Tentando esconder de si? O que você guardou no escuro por medo de sentir?
A Metamorfose: A transformação, mudança
(Experimentar)
Esse mês, eu fui ao Museu do Design em Londres com uma amiga. Ficamos encantadas com tudo: a arquitetura do lugar, os objetos em exposição, até a lojinha do museu (confesso que fiquei com vontade de levar tudo pra casa, graças à deusa eu viajei só com uma mochila nas costas!). Um dos objetos que vimos foi o Juicy Salif, espremedor criado em 1990 pelo designer Philippe Starck. O Juicy é um dos queridinhos do design, famoso mundialmente, e nascido exatamente da vontade de transformar algo comum - ou transformar uma experiência mundana, numa especial. Aqui tu podes ler mais sobre ele.
Hoje, minha proposta é a seguinte: Escolhe um objeto que tu usa todo dia e pensa em um jeito inovador ou louco ou bizarro ou (adicione aqui seu adjetivo) de transformá-lo ou transformar a experiência de usá-lo (depois me mostra, pfvzinho).
A Borboleta: Voo, produção, realização
(Abrir as asas e voar)
Agora é o momento de abrir tuas asas e voar. Essa semana te convido à produzir sobre a seguinte pergunta:
Escadas: invenção ou descoberta? Por favor, quero muito ver o que tu vais fazer disso.
Essa edição me fez pensar sobre esse post aqui:
Por hoje é isso, vou ter muito prazer em saber o que a edição de hoje provocou em você. Me conta.
Bjs e até quarta que vem <3